Foi assim. Ele se ajoelhou diante da cama na minha frente, quis me desenhar, bom, quis desenhar qualquer coisa mas começou a me desenhar. Ele não desenha normalmente. Ele pensa imagens, associações felizes e perfeitas, me fazem rir, pensa música. Sobretudo música, sempre.
Ele quis saber se parece o Doug, perguntou duas vezes com medo de descobrir que é um sujeito ok, mas padrão e sem fantasia. Respondi que não, porque não, de fato não. Pode parecer, quem sabe alguém de fora ache (alguém fora dele e fora de mim). Também não conheço o Doug tão bem assim, quem sabe me enganei pela aparência, como alguém de fora.
No fundo e não só lá mas em toda sua extensão e área ele é um menino de jardim e do play, da sessão da tarde na sala da avó, pensante alerta assustado maravilhado aprendendo a encontrar seu assento no mundo, não um assento fixo e parado mas só como modo de dizer o seu lugar, o ponto onde ele se encontra em si mesmo dando-se conta: ESTE SOU EU - feito disso tudo que vivi, do que está por vir do que como bebo do que amo das mulheres que me apaixonam dos homens que me projetam dos elementos naturais, alguns mais que outros, de você. Eu também crio, eu também invento eu sonho me queimo me molho, choro, me dói tudo, mas meu lugar é meu, é este, em transformação em construção até o último dia.
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2 comentários:
tou adorando passear por aqui vez em quando.
:)
Oh! Querida!
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