31.12.08

É um ano novo, temos outro pela frente, como pensei ou como não pensei nisso antes? Fiquei igual a eles tudo ficou mais ou menos parecido. Ano novo não tem mais cheiro de ano novo, não tem mais a avozinha, viagem de 8 horas, presente maior que eu, a casa com a clarabóia tão alta e o sótão, e o porão cheios de escuros, lotados da minha imaginação. Eu não soube fazer durar a mágica.
Errei a mão.
Mas e aí, posso preservar a menina que mora em mim ou não, tenho que mandar ela embora? Se ela for será que vai ter graça alguma coisa ainda? Será que eu não vou ter ficado igual a todos os que eu achava nublados? Se ela for será que eu aprendo a ganhar dinheiro? Ou que vou ser capaz de falar dos meus sentimentos ordenadamente? Pode ser que eu perca o medo de fantasma e que não chore mais quando chegar em casa depois de ver um vira-lata. Cada um diz uma coisa.
Ano novo não é a minha festa. Não entendo os espíritos que circulam por aí nessa época. É diferente de carnaval, que eu entendo tudo e sou dele. Fim de ano não, fica meio bagunçado demais dentro e fora. Tentei escrever as promessas pra 2009 e não saiu nada. Tudo que eu consegui fazer foi preparar um jantar pra passar com três dos seres mais importantes da minha existência. Acho que tá bom, acho que tá, tá bom sim.
Chega de pensar demais! Vamos lá esquentar a papinha, vamos brindar alguma coisa boa, algumas, muitas, pensar bem, abraçar, rir e olhar pra cima, pra ver brilhar.
Alguém um dia me disse assim: descobre logo que você já é a felicidade que você procura nos outros.
Aceito.

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