fostes o começo do final de um meio-final aos trancos escolhido, um termo chegado sem saber.
Tu és isso aí, a gente sabe.
Mas que serias toda uma montanha inacreditavelmente virada pro lado contrário com umas pedras de isopor pintadas por crianças de seis anos, outras vezes de água e outras de brasa e lixa ferro.
Com matos vermelhos e roxos salpicados de buraquinhos de celofane verde e uma cachoeira de mar escondida, um veleiro de 23 pés se batendo nas margens e no casco teu nome: VEM_DORMIR_AQUI.
Que serias um caranguejo de um metro e oitenta e tal me examinando mudo calado com a puã sufocando meu pescoço de peixe boi menina. Eu desafiando: APERTA_MAIS_DUVIDO.
Que pesado e boa pinta como és eu pensaria duas três e quarenta e sete mil vezes antes. Durante também.
Que eras uma coisa ancestral a encontrar, uma alma antiga pra colar na minha alma bebê. Que eras o caboclo mais velho de nossa tribo que chorou quando te mostrei a música de festa da nossa família. E você lembrou. Repetidas vezes. Você não sabe, mas vi eles em volta de nós naquele primeiro mês, na avenida suja que fizeram passar por cima. Que sentiríamos saudade disso juntos, eu disfarçando em alegria pra não machucar teu coração cansado.
Que tu levarias anos pra me deixar encostar o entre dos meus dedos no entre dos teus dedos, com todas as letras e sufocos e descaralhações parceiras e risos e requeijão feito em casa.
Que mesmo velho tu nascerias muito tempo depois de mim.
Que deixarias por fim que eu enchesse tua casa de verdes e chás, e madeira, miniaturas e entradinhas e coisas que você jamais pensou que ia sentir falta.
Ninguém sabia.
Pelomenos eu não.
Não sei uma cacetada de coisas também.
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