31.1.12

SP















'eu absorvo todo céu
qualquer inferno'

era um filme que falava visual e emocionalmente porque é que eu tenho que ficar aqui
eu não sei, mas ele sabe
bote play, ele diz
é essa cidade que foi minha antes de nascermos
eu vim muito depois dela, quem sabe
mas estou aqui no topo da sujeira, em outro tipo de quebrada, outra variação de baixeza e imigrantes, marginália e energia sexual, e dinheiro, diversão e famílias que se constroem em fins de semana, em dias de trabalho

é aqui, eu não saio, não quero deixá-la, não, por nada, te amo desde sempre e agora completamente
metropolinha que me mordeu
aqui minhas plantas crescem
eu choro de cinza e frio
o vento gelado toma o lugar do suor
escuto tudo e observo as coisas minúsculas

a maior cidade do meu mundo
foi preciso encontrá-la pra viver no detalhe e olhar pra dentro

Um comentário:

Tânia Tiburzio (TT) disse...

Que lindo! Chorei!! :)
Tá,eu choro por qualquer coisa, qualquer coisa linda.