28.12.09

Existe uma espera
guardada num lugar entre as suas costelas
flutuando no vazio de sangue e coisas
Ela é um cilindro chatinho de acrílico
com uma cinta de couro envolvendo a altura
e o fecho tem uma fruta envelhecida e melada

assim a outra sabe disso
e fica branca no teu abraço

É uma espera de vinho e cartas
e 01 segundo sem ar numa chave marcial
sua espera
essa barba que você não resolve

Um estranho e largo
um suspeito
e grito
Me envolvo
deixo solto madame
e nem apareço
faço a desinteresée
e fico de longe
ressentindo a menor inveja

anonovo prometo malhar até explodir
coelhinha monstro
de proteína e músculos

ora porque
porque sim
porque corro atrás
porque me envolvo de novo
porque mereces
morder esse teu beiço
de não saber mais o que

Nenhum comentário: