No tempo que acaba hoje matei e morri.
Tudo que fizemos foi pra nos sentir vivos e respirando.
Tudo que comi e comi com você, ou com ele, ou mais, tudo desceu se espalhou pelo sangue e saiu em forma de lágrima e soluço ou satisfação e foi tudo cabelos puxados pra trás com suspiro e tudo foi trabalho e chegando e tomando espaço num lugar, alguém, e foi retomada de gente com o coração guardado em picles e voltando e também muito medo de não ter dinheiro pras coisas e ler tudo muitas vezes e de novo sentir e desdobrar os lençóis dos fantasmas e vibrando o miolo do estômago, pinos da pele saltando conforme a música e incríveis novas formas de gente à nossa volta e algumas vezes dar-se mãos pois não somos de onde estamos e isso nos aproxima e tudo demais nos sentidos e alimentação inseparáveis dores tempo e o som desenvolvendo e as abstrações e os nossos drinks e fresh starlights pelos olhos e todos os anos por vir vislumbrados e guardados no bolso da calça, com o fundo de areia e filhos e paris-roma-paraíso-tribobó e doeu como tomar laxante como levar um safanão e despencar como ver-te tantos anos depois como abraçar e ter que ir embora da casa dos pais de onde a infância já fugiu também e foi pensar tão bem e fazer melhor e descobrir o fino da idade e também muita água e sapato encharcado e madrugadas na rodovia ou em vodca e luz do monitor e foi o frio que obrigou a sentir mais pequeno e de perto foi tudo mini-grandezas e muito suor, a ladeira, o café e sentar.
Escrever. Dez ou mais negocinhos.
Levar o papel até a boca e prometer.
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